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Foto do escritorFabio Almeida

31/01/2022

O mundo enfrenta uma das maiores crises ambientais, vivenciadas pela espécie humana. O aumento da temperatura causada pela poluição antrópica e pelo processo das mudanças geológicas que passam nossa terra mãe impõe cuidados, a fim de mantermos um equilíbrio satisfatório. Somos conhecedores de espécies que já foram extintas, devemos nos cuidar para que não venhamos a ser o próximo animal a deixar de existir sobre a terra.

Diante deste quadro que impõe secas prologadas, chuvas em excessos, geadas fora de época, terremotos, tufões, ciclones, furacões, frios intensos e erupções constantes, a humanidade perplexa continua a observar a sanha lucrativa dos grandes oligopólios, pertencentes a estruturas especulativas que buscam a cada ano ampliar seu lucro, retirando cada vez mais insumos do ambiente.

A principal meta é crescer o PIB, não significando necessariamente a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, pois esse crescimento é capturado pelos oligopólios com seus lucros centralizados ou mesmo pelas isenções, subsídios e incentivos concedidos pelo poder público. Agora! Para que crescermos o PIB, se podemos socializar a riqueza e a renda existente? Enfrentar o debate do crescimento zero do PIB, na próxima década, consiste em uma necessidade urgente em defesa da vida, do ambiente e da nossa harmonia com a mãe terra.

Neste quadro vemos a Amazônia reproduzir nos últimos 50 anos os modelos de ocupação e desenvolvimento econômico vividos em outros locais do país. Gado, exploração mineral e comodites agrícolas consistem no trinômio produtivo que nos cabe neste lastro capitalista. Mesmo com o envenenamento do ambiente com o glifosato, o mercúrio e o metano, ou a morte de povos originários e ribeirinhos, sejam uma realidade, a expansão da fronteira agrícola segue sem questionamento da sociedade, nos deixando um saldo negativo de desmatamento, grilagem, fome e o sangue como resultado de “desenvolvimento”.

Roraima encontra-se em plena expansão da produção de grãos e outras iniciativas agrícolas, a exemplo da plantação de eucalipto para produção de energia a lenha. A ausência de estudos do impacto da pulverização aérea de veneno sobre as plantações de milho, arroz e soja na vida de pessoas e em nossos mananciais, nos deixam em uma incerteza sanitária. Noutro campo, temos o garimpo instalado em todos os rincões do Estado, destruindo nossas nascentes de água, nossas matas e retirando vidas seja pela doença ou pela bala.

O desmatamento cresce a cada ano no sul do Estado, atingindo principalmente áreas de florestas e terras públicas, expondo claramente que as denúncias apresentadas pela polícia federal consistem em uma realidade, comprovadas pelos dados do Imazom, porém, os criminosos são protegidos, pelo Estado roraimense e brasileiro. O Governador Denarium, elegeu-se para dentre outras funções liberar o caminho da destruição da biota, tanto que um de seus primeiros atos foi flexibilizar a legislação ambiental do Estado, permitindo que processos simplificados passassem a ser uma realidade.

Diante deste quadro é natural as candidaturas buscarem enfrentar esse dilema ambiental, preconizando o desenvolvimento de modelos produtivos que privilegiem a preservação de nossas áreas, principalmente dos povos originários, promovendo distribuição de renda. Assim, o investimento em turismo e cultura oportunizará uma cadeia de serviços que desconcentra renda, melhorando a qualidade de vida de comunidades e pessoas.

Para, suprir a necessidade de comida tanto de nossos moradores, quanto de turistas, precisamos investir na produção de alimentos na agricultura familiar e indígena, vinculando essa produção a pequenas estruturas cooperadas que fomentariam o beneficiamento da produção. Teríamos, desta forma, em pouco tempo uma realidade agrícola mais sustentável, baseada em alimentos, não em comodites, oportunizando inclusive que a ZPE pudesse ser viável.

Uma outra viabilidade ao Estado, por meio de sua fundação de amparo a pesquisa e as instituições de ensino superior, é incentivar o desenvolvimento de um programa que permita a pesquisa e produção de fármacos e cosméticos em Roraima. Nossa riqueza genética é imensa e podemos, através do conhecimento científico oportunizar novas áreas de investimento e geração de emprego.

Esse processo de trabalho proposto é diametralmente oposto ao implementado por Denarium, atual Governador de Roraima, defensor da expansão da produção de grãos e gado como saída econômica do Estado. Afirmo, faz muito tempo, que quando você escutar uma pessoa falando em desenvolvimento econômico, entenda que ela não visualiza pessoas neste processo, apenas ganhos financeiros.

Mas, Roraima nos surpreende a cada momento. Neste domingo, a ex-Prefeita de Boa Vista, pré-candidata ao Governo de Roraima pelo MDB, mandou em alto e bom som um recado para todos os destruidores da Amazônia. Afirmou não ser ambientalista. Como se defender o meio ambiente fosse um crime, ou condição para não se governar Roraima. Lembro a Teresa que o Estado possui importantes reservas indígenas e ambientais, a exemplo da primeira estação ecológica do Brasil, Maracá, localizada no Amajarí, ou os parques nacionais Viruá, Mocidade e Monte Roraima, ainda posso citar a floresta nacional ou a bacia do rio Branco e as Essex do baio rio Branco.

Portanto, omitir o debate ambiental é liberar essas áreas para crimes como ocorre na atualidade. Não consigo entender uma postulante ao cargo de Governador ter como principal premissa afirmar que em um possível Governo seu não haverá política de proteção ambiental, ou essa será completamente desconfigurada como faz Bolsonaro e Denarium. Sabemos que a relação de Teresa Surita com o meio ambiente é realmente terrível, veja o lixão existente em Boa Vista, a contaminação e destruição de nossos igarapés que aumentam as enchentes, ou mesmo as autorizações de aterramento de nossas lagoas, essenciais à manutenção de uma temperatura mais amena e destino de águas superficiais que correm agora para dentro das casas.

Enfim, a sociedade roraimense precisará nestas eleições escolher novos caminhos, pois a continuidade da expansão da fronteira agrícola rumo aos nossos mananciais, a construção de hidrelétricas, o desmatamento, o uso descontrolado de agrotóxicos e a continuidade do garimpo transformarão nossas vidas, impondo condições piores de sobrevivência, devido a concentração de renda, mas também em virtude da contaminação ambiental.

Portanto, Teresa Surita, sua retórica apenas tenta fortalecer a política de destruição da Amazônia, para minha pessoa, nada de novo, pois sua prática na gestão de Boa Vista e o programa Ponte para o Futuro de seu partido MDB, já expõe claramente sobre a política ambiental que defendes em nome de interesses privados. Felizmente a necessidade de voto te obriga a emitir posições, possibilitando que possas demonstrar quanto és prejudicial ao povo, pois tuas ideias se assemelham as do atual Governador de Roraima, vocês são frutos da mesma máquina opressora de pessoas.

 

GENERAL ESBANJA ADJETIVOS

Para qualificar Bolsonaro, o ex-aliado Santos Cruz, General de divisão, utilizou os adjetivos: covarde, criminoso, canalha e traidor. Qualificações acertadas quando analisamos o Governo de Bolsonaro. As relações estabelecidas por Bolsonaro com milicianos demonstram o quanto ele possui proximidade com o crime organizado neste país, essa relação criminosa se consolida com a proteção de Queiroz. Covarde todos nós descobrimos durante o mandato, várias foram as vezes que o Incompetente da República recuou de falas proferidas, não sustentando acusações oi ideias apresentadas. Canalha é uma qualificação que conhecemos na pandemia ao esnobar a dor e o sofrimento do povo brasileiro, chegando a imitar uma pessoa agonizando sem ar em uma de suas lives. Já a pecha de traidor, acredito que não valha ao Bolsonaro, mas sim, a designação de mentiroso. Bolsonaro é um mentiroso costumaz. Felizmente o povo brasileiro entendeu tudo isso, antes dos ratos que abandonaram o barco do Governo passassem a apresentar a realidade do ser repugnante que é Bolsonaro.

 

NOVA INGERÊNCIA NO BANCO DO BRASIL

A instituição bancária desde o início do Governo sofre interferência do Governo Federal, a primeira delas consiste escancaradamente na nomeação do filho do Vice-Presidente para exercer um cargo de diretoria, sem antes ter assumido nenhuma posição chave na gestão do banco. Agora, os Governadores de Alagoas e Bahia, acusam o banco do Brasil de criar entraves para liberação de empréstimos solicitados pelos Entes federados.

A denúncia é séria e expõe a credibilidade de uma das principais instituições brasileiras, pois comprova que a ingerência pode se estender a outras estruturas do Governo, como acusou o ex-juiz ladrão Moro, ao deixar o governo Bolsonaro. Se a PGR tivesse liberdade de trabalhar podíamos pedir investigação, mas, me parece uma solicitação em vão, devido ao nível de comprometimento político do novo “Engavetador Geral da República”, Augusto Aras.

 

ATÉ NO LUTO BOLSONARO MALTRATA FAMÍLIAS

Depois de decretar luto oficial ao astrólogo Olavo de Carvalho, guru do pensamento conservador e de parcela a extrema direita brasileira (entre eles a família Bolsonaro), falecido em consequência da Covid-19, após negar a pandemia e a vacina. Viu a população brasileira, Bolsonaro cancela outros Decretos de luto oficial que homenagearam ilustres representantes da vida política e social brasileira, a exemplo de Dom Hélder Câmara, Darcy Ribeiro e Frei Damião. Enfim, Bolsonaro e seus atos inconsequentes tentam reescrever a história brasileira, a sociedade não permitirá, tanto que recuou o Incompetente da República.

 

ABRIREMOS OS OLHOS OU NÃO?

A realização do 1º Congresso da Direita Transamazônica e do Xingu, em Altamira, numa região que possui vários litígios de terras, impostos por grilagens praticadas por grandes fazendeiros contra indígenas e assentados da reforma agrária, consiste em um processo de construção de raízes de pensamentos misóginos, racistas, xenófobos e antiambientalistas na região. Protagonizado por políticos que sustentam o governo Bolsonaro, o evento precisa ser combatido de forma explicita pelos movimentos sociais brasileiros e partidos políticos democratas e de esquerda. Não apenas no campo da denúncia do Estado opressor que essa direita defende, esse debate precisa se efetivar no campo das ideias, tembém. Precisamos retomar o processo propositivo à classe trabalhadora, pois consciências se ganham com propostas concretas e não podemos deixar que a Amazônia se transforme no reduto do que existe de mais retrógrado na política brasileira, a custo de vermos nosso povo sofrer violências irreparáveis.

 

COMECARÁ O ANO LEGISLATIVO

No próximo dia 02/02/2022 recomeça o ano legislativo, servidores da casa legislativa, a exemplo de outros poderes exigem controle de circulação e a manutenção de sessões remotas. Enquanto isso, parlamentares defendem que docentes e discentes desloquem-se às escolas para realizar aulas presenciais. O retorno do legislativo nacional nos deve deixar de orelhas em pé, tendo em vista as pesquisas eleitorais - apesar de não refletirem a realidade do resultado eleitoral em 02/10/2022 - que demonstram intenções de votos.

Diane deste quadro, os conservadores, liberais e neoliberais em aliança com a aristocracia brasileira tentarão passar propostas muito nocivas à classe trabalhadora e ao povo em geral. É fundamental que possamos nos encontrar mobilizados contra as propostas: PL 490/2007 (marco temporal); PL 191/2020 (liberação de exploração mineral, energética e hidrocarbonetos em terras indígenas); PEC 32/2020 (acaba com concurso público, estabilidade e libera privatização de serviços públicos); PL 3887/2020 (reforma tributária de Bolsonaro que aumenta a carga tributária); PL 2633/2020 (regulariza terras griladas na área rural e urbana, atingindo diretamente áreas requeridas por indígenas, quilombolas e sem terras).

Essas propostas atingem diretamente a classe trabalhadora e o povo em geral, ampliando as disparidades de renda e riqueza no país. Além disto precisamos combater a DRU a ser anunciada em março. Não temos espaço para mais cortes nas despesas primárias já extremamente impactadas pela emenda 95 (teto de gastos), a mudança constitucional que protegeu os especulaores financeiros no país.


BOM DIA COM ALEGRIA

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