Hoje tem circo? Não senhor. O governador de Roraima resolveu transformar os espaços públicos de atendimento as crianças em equipamentos públicos cobertos por lona. Desta forma, meu amigo Léo Malabarista não conseguirá competir com os milhares de palhaços que somos nós. Isso! Enquanto Denarium regojizar com suas maldades para o povo ficamos de fazer gracinhas com coisas irrelevantes.
Primeiro Denarium jogou nossas mulheres e crianças para tentar sobreviver as lonas que servem de maternidade. Esse grave quadro sanitário nos leva a sermos nos últimos 2 anos o estado com o maior registro de mortalidade materna. Esse dado epidemiológico desolado para dezenas de famílias em Roraima, possui um culpado, ele é Denarium. Agora ele quer cobrir de lona as salas de aulas, não haverá tijolos, em seu lugar entra o lucrativo negócio das lonas.
O diário oficial do estado trouxe o que não chega a ser identificado como descaso. É pior. Um governador que vai para o 5º ano de mandato e não construiu uma única sala de aula, pelo contrário fechou salas de aula, diminuindo o acesso de jovens à escola. Muitos são os colégios que deixaram de funcionar pelo completo descompromisso de Denarium, sua cunhada Leila Perussolo e o agora do mamulengo de Sampaio e Mecias, Raimundo Nonato. Todos contribuem com a piora da qualidade do ensino para nossas crianças e adolescentes.
O que faz o incompetente governador de Roraima? Essa assertiva serve para serviços públicos esênciais a vida, como educação e saúde, pois quando se trata de privilégios o governo de Denarium é rapidinho no gatilho para garantir direitos. Não gosto deste termo em virtude de reproduzir o discurso destruidor e opressor dos conservadores neoliberais, grupo político ladeado pelo investigado por crimes de agiotagem e financiamento de garimpo ilegal na TI Yanomami que governa Roraima. Porém, não posso usar outro termo, pois o governo de Denarium mata as possibilidades dos filhos e filhas da classe trabalhadora.
Agora Denarium colocará nossas crianças para estudarem embaixo de lonas. É isso mesmo! Já que o governo resolveu não construir escolas, ou mesmo salas de aula, muito menos consegue concluir reformas. A saída mais fácil são as lonas e o círculo vicioso da incompetência administrativa. As reformas realizadas possuem uma qualidade muito duvidosa, pois a tinta das novas demãos escorrem a primeira água da chuva. O Estado gastará aluns milhões de reais para que uma empresa forneça lona para nossas crianças e jovens poderem estudar. Esse é o governo dos ricos. Até Suely Campos tratou a educação com mais decência que Denarium e seus asseclas.
As escolas militarizadas Luiz Hitler Brito de Lucena, Irmã Maria Tereza Parodi, Carlos Casadio e Wanda David Aguiar localizadas em Boa Vista terão crianças e adolescentes estudando embaixo de lona. Já vi ocupações de sem terra e sem teto organizarem lonas para que nossas crianças e jovens possam continuar os estudos, mas um governo nunca. Até, já vi a ex-prefeita de Boa Vista contratar contêineres para nossas crianças estudarem, atitude que repudiei, porém lonas é a primeira vez. O capitalismo é formidável, prefere garantir uma grana contínua, mesmo que signifique o sofrimento das pessoas, vale o lucro acima da vida, principalmente quando temos uma pessoa oriunda da agiotagem no centro do poder político.
O custo da bagatela para 6 meses de aluguel de lonas para as escola militarizada Cícero Vieira Neto, localizada em Pacaraima, a Escola estadual indígena José Viriato na comunidade da Raposa em Normandia, e a escola 1º de maio, localizada em Rorainópolis, será de quase R$ 1,4 milhões. A lógica da lona permite que o ralo do dinheiro público escorra com mais liberdade rumo a ineficiência na aplicação dos recursos. Essa não é mais uma preocupação para Denarium o encantador de pessoas, em seu circo dos horrores, pois acabou de com seu poder de $edução eleger sua esposa para conselheira do TCE, aí tá a necessidade da luta pelo voto dos “nada venais” parlamentares das terras de Pindorama.
O quadro da gestão pública em Roraima é trágico. Daqui a pouco Denarium começará a vender os estabelecimentos de educação afirmando que é melhor estudar embaixo de lonas. Isso parece um filme de terror, no entanto não é nada disso, consiste apenas na triste realidade do povo roraimense que sofre sobre o chicote do senhor de engenho, neste filme de época, de grande sofrimento e descaso com as políticas públicas. Agora nossas crianças nascerão e estudarão sob lonas, espero, realmente, que não me venha com a ideia de construir casas de lona. Isso seria na prática apenas a continuidade do descaso deste oportunista para com nosso povo.
As vezes me pergunto como é possível termos cidadãos e cidadãs que apoiam esse desastroso governo. O governo dos ricos. Ontem, em um evento, uma servidora pública da saúde completamente inocente afirmou que o estado realizou um dia de atendimento numa comunidade indígena e que os pacientes irão ser encaminhados a clínica privada para tratamento. Este é o nível da completa privatização de serviços e descaso com o patrimônio público. Lógico abandono do nosso povo, especialmente nossas crianças condenadas por Denarium a viver sob pesadas lonas que ampliam os descaminhos da política pública para interesses diversos do republicanismo, pois, não há República nesta horrenda destinação de milhões de reais para transformar locais cobertos por lonas em salas de aula.
Esse desmonte se efetiva mais um pouco no dia de hoje. Três patrimônios públicos estarão indo a leilão com autorização da ca$a legi$lativa. O parque aquático do Asa Branca largado, abandonado, enquanto o do Caçari encontra-se todo arrumadinho e público, o do Asa Branca será privatizado. O prédio do Iteraima na Villey Roy será vendido, enquanto pagamos milhões de aluguel para um apoiador no atual prédio onde funciona a instituição hoje. Não seria mais fácil reformar e deixar de pagar aluguel? Ledo engano palhacinhos, assim a roda das relações políticas não gira, criando dificuldades a essa gestão desprovida de seriedade.
Por último, será vendido um prédio na sebastião diniz, em frente do caxambú. O negócio de Denarium é privilegiar amigos, não é governar. Pois, se fosse governar reformaria esse prédio do centro da cidade e ofertaria um pool de serviços estaduais para facilitar a vida das pessoas, especialmente dos mais pobres. Espero que no mínimo fiquemos sabendo quem adquiriu os bens. Eu tenho plena certeza que será os amigos do palácio 31 de março, opa o nome mudou é Hélio Campos, no entanto a lógica de apropriação do Estado herdada da ditadura militar continua a reinar nas hostes do poder em Roraima.
Recentemente descobrimos que um dos principais beneficiários do programa de grãos nas terras indígenas, ao fornecer a maior parte dos insumos, é o sócio de Denarium no Frigo10, o pecuarista e investigado por crimes ambientais, J. Lopes, fazendeiro que de vez em quando tenta abocanhar pedaços de terras pelo Estado. A exemplo da recente regularização de uma área, pelo Iteraima, na região do Ereu, bem em cima de 3 áreas com autorização de pesquisa de lavra de ouro. Esse é o governo para poucos. Esse é o governo dos ricos. Esse é o governo da oligarquia agrária que penaliza trabalhadores e trabalhadoras.
Do desemprego em massa à escola de lona essa é a principal marcar do governo burguês de Denarium. Sofremos por que queremos. Nos condicionamos ao poder corrompedor de mentes e consciências ao aceitarmos esse descaso de forma calada e vil, muitas vezes por desprezarmos nós mesmo, os palhaços que integram o circo de horrores coordenado pelo atual governador de Roraima.
NOVO MARCO FISCAL
A câmara dos deputados aprovou o texto base do novo marco fiscal do governo federal, a estrutura modificará o atual teto de gastos que impôs um grave desfinanciamento de políticas públicas, congelando os investimentos em programas sociais e serviços públicos, para beneficiar os interesses dos especuladores financeiros. A proposta do governo Lula avançava um pouco ao estabelecer um crescimento das despesas acima da inflação entre a banda de 0,6% e 2,5%, acima da inflação. Porém, despesas como o Fundeb se encontravam fora destes limites, a exemplo do aumento do salário mínimo e da correção do bolsa família, além de outras despesas oriundas de receitas não vinculadas a arrecadação do Estado, a exemplo das doações para o fundo Amazônia.
Ocorre que a direita e a extrema direita conseguiram piorar ainda mais o novo marco fiscal. No substitutivo aprovado ontem o Fundeb e a correção do salário mínimo passaram a integrar a banda de crescimento entre 0,6% a 2,5%, impondo desta forma uma lógica de inibição do processo de financiamento dos professores e da classe trabalhadora que terá seus aumentos, porém com a necessidade de cortes em outras áreas, mesmo que a arrecadação seja muito boa. A proposta mantém a mesma lógica anterior de proteger os interesses do rentismo especulativo, enquanto impõe desfinanciamento de políticas públicas, principalmente nas áreas de saúde e educação.
CPI DO MST
Hoje foi apresentado o hipotético plano de trabalho pelo incompetente Ricardo Sales. Inicialmente ele mudou o objetivo da CPI na cara dura, impondo desde já a criminalização do MST, demonstrando claramente seu ódio de classe contra a classe trabalhadora, algo já expresso quando desautorizou servidores do Ibama a continuarem investigações contra o desmatamento ilegal na Amazônia, quando ministro do meio ambiente de Bolsonaro.
Outra que em seu ódio de classe reclamou foi a deputada federal Caroline Toni (PL/SC). A parlamentar reclamou que o governo anda prestigiando representantes do MST em detrimento dos representantes do agronegócio. O plano safra não demonstra isso, pois dos recursos previstos 20% são direcionados a agricultura familiar, enquanto os 80% restantes são captados pelo agronegócio. Além destes recursos, recentemente o agronegócio teve criada uma carteira de crédito em dólar no BNDES, para fugirem, os produtores exportadores de comodites, das altas taxas de juros mantidas pelo banco central do Brasil. Portanto, o choro da parlamentar não representa a realidade, reproduz apenas ódio de classe contra os trabalhadores.
No mais a sessão da CPI manteve os parlamentares bolsonaristas a classificarem o MST como uma organização criminosa. Esse é o objetivo central da extrema direita. Segundo o deputado federal capitão Alden (PL/BA) a CPI deve avaliar se os assentamentos ligados ao MST cumprem função social, essa preocupação foi apresentada devido o MST alegar que milhões de hectares de latifúndios improdutivo não cumprem função social como determina a Constituição Federal, devendo ser direcionadas a reforma agrária. Ao final de sua fala deixa claro a disputa de classe que existe no âmbito da CPI, em um campo estão os ruralistas com um relator e um presidente investigados por crimes, noutro campo estariam os trabalhadores com uma minoria de representantes na CPI.
LAVA JATO
O juiz que assumiu a lava jato no lugar da juíza que teve seus pareceres ridicularizados por serem cópias efetivas de outros processos foi afastado do cargo, na última segunda-feira. A decisão da corte especial administrativa do TRF-4 foi unânime ao apontar que o juiz se demonstra desafeto de Moro e de Dellagnol, portanto estaria impedido de continuar no caso. Foi determinado que o magistrado devolva imediatamente computadores, notebooks, telefones celulares e documentos sobre a posse do juiz. O afastamento surge logo após a 13ª vara de Curitiba ter escutado as denúncias de Tecla Duran contra a lava jato que o extorquiu, segundo seu depoimento. Recentemente o juiz federal Eduardo Apio havia retirado o sigilo colocado por Moro, quando juiz, sobre uma investigação que comprova que o doleiro Alberto Youssef – o parceiro de Moro em deleção, cujo resultado é continuar o gozo do fruto do crime – teve instalada em sua cela, logo após a prisão, em 2014, uma escuta ilegal, o magistrado também solicitou da PF a abertura de inquérito investigativo para apurar responsabilidades. Além da decisão o TRF-4 determinou o retorno da juíza Gabriela Hardt, aquela aliada de Moro e que gosta de copiar setenças, retornou ao cargo.
RR 319
Mais uma vez os indígenas do baixo e médio São Marcos ficam impedidos de ir e vir devido a cheia do rio Uraricoera. O incrível é que nos últimos anos a mesma história se repete sem que o Estado brasileiro proceda com as devidas correções necessárias. Com a cheia a estrada fica por vários quilômetros coberta por água, passando o deslocamento a ser feito em voadeiras, exigindo dos indígenas que necessitam se deslocar a capital o pagamento de fretes. A inércia do governo é incompreensível. Essa mesma situação ocorre em muitas vicinais onde residem assentados da reforma agrária, aqui a responsabilidade é do governo federal. Lula deveria transformar a RR 319 em uma rodovia federal já que a mesma corta a terra indígena São Marcos e providenciar as devidas obras de arte, já que o governo do estado não assume a responsabilidade de manutenção da estrada.
Bom dia. Um forte abraço.
Fábio Almeida
Jornalista e Historiador.
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