A Assembleia Legislativa de Roraima consiste em um espaço do povo, porém sem povo, só há empresários e dois pelegos. Os deputados estaduais parecem viver em uma realidade paralela, onde, se estabelece uma sociedade de interesses que se espraia por todos os segmentos que almejam um pedaço da farra com dinheiro público. Sobram poucos, muito poucos.
Dentro da casa do povo já vimos gafanhotos humanos estruturarem esquemas de corrupção que devoravam o dinheiro público do Estado. Também tivemos operações policiais com nomes em inglês que expunham a mesa diretora da casa, principalmente seu ex-Presidente de chefiar uma quadrilha que desviava dinheiro público. Temos também a farra das diárias que atingiu o atual Presidente da casa. A construção do prédio também foi recheada de denúncias, a época que Jesus, não o bíblico, o gafanhoto que presidia a casa legislativa.
Recentemente o atual primeiro secretário, o Deputado da corrente e dos discursos de ódio, após uma operação policial que investigava fraude na aplicação de recursos da saúde, chegar ao portão de sua casa para realizar buscas e apreensão, foi, o “probo representante do povo", agraciado por seus pares, com a caneta para aprovar, ao lado do Bolsonarista Sampaio, as despesas públicas do legislativo estadual.
Uma das marcas da casa legislativa, em anos pré-eleitorais, é promover contratações de vários tipos. O Diário Oficial da ALE, de 09/11/2021, publicou a dispensa de licitação para contratação da empresa A. Fernandes Bezerra Júnior Ltda, por R$ 3,89 milhões para realizar limpeza dos prédios legislativos da capital e do interior, por um período de 180 dias, ou 6 meses. O embasamento legal da farra com dinheiro público ampara-se na estratégia da calamidade pública, existente na Lei 8666/1993.
O custo milionário da Assembleia Legislativa só cresce, cada vez mais recursos são destinados para garantir os privilégios dos Deputados Estaduais, seja com comida de primeira qualidade, carro e gasolina paga por nós, ou mesmo emprego para seus cabos eleitorais. Em 2021 o orçamento da casa é de R$ 243 milhões, É MUITO DINHEIRO, ao comparar os recursos do legislativo com setores do executivo percebemos o quanto nossos parlamentares legislam em causa própria.
A Secretária de Agricultura possui 73,66% menos recursos que a Assembleia. A UERR possui um orçamento 77% menor que os destinados aos deputados. A SECULT possui recursos 95% menor que os parlamentares. Trago essas informações para demonstrar que precisamos reorganizar nosso orçamento, consiste em um grave erro permitir que essas distorções continuem a impor dificuldade na execução de políticas públicas, para, do outro lado do campo, garantir privilégios a parasitas. Por exemplo, a SETRABRES possui um orçamento 60,9% menor para toda política de proteção social da pasta, em relação a casa que um dia foi dos gafanhotos, alguns ainda continuam por lá, outros foram para outras paragens.
Mas, para Deputados Estaduais que vivem a homenagear pessoas condenadas, ISSO MESMO, até bem pouco tempo atrás, o menino de ouro, fazia negócios na casa pela manhã e dormia na cadeia a noite. Depois disso, nada mais causa tanta surpresa, nesta legislatura, que ontem concedeu ao senhor André Fernandes Ferreira, a Comenda Orgulho de Roraima. O Secretário de Justiça e Cidadania, homenageado, tornou-se réu por improbidade, no mês de julho de 2021, sendo a indicação realizada por outro réu, Deputado Renan Filho. Deve ter cumprido os critérios para recebimento da comenda.
QUANTO CUSTOU?
O Governador “DOS RICOS” Antônio Denarium utilizou suas redes sociais para comemorar que um apresentador do SBT reconheceu o “trabalho desenvolvido pelo seu governo”. A peça foi tão improvisada que o apresentador errou o nome do gestor e do Estado. Vai ver que os recursos disponibilizados não permitiram uma maior identificação do apresentador com a propaganda paga.
Legal foi ver cargos comissionados reconhecendo o trabalho de Denarium. QUAL TRABALHO? O que este governo apresentou de sólido para enfrentarmos os diversos problemas que nos aflige? NADA. NADA. NADA. Nem a execução integral do orçamento é realizada pela gestão do “PAI DOS RICOS”, os quais foram agraciados com variadas concessões seja de cargos na administração pública, subsídios e isenções de impostos, além de doações de bens públicos para uso comercial, a exemplo do que vem sendo feito com o patrimônio da CODESAIMA. A nossa Usina de Leite que deveria possibilitar o tratamento, para industrialização de nosso leite, foi dada em concessão para amigos, que a transformaram numa estrutura tratamento de resíduos sólidos perigosos. Enfim, Denarium é mais um incompetente que assumiu o Governo para beneficiar o pequeno círculo que lhe aplaude.
DEUS E A PACIFICAÇÃO DOS POVOS DA AMAZÔNIA
No próximo dia 15/11/2021, no plenário da ALE/RR, será realizado um evento pelo Instituto Povo de Deus, em parceria com o Fórum Social da Torá Judaico Cristão da Amazônia, cujo tema central é A PACIFICAÇÃO DOS POVOS DA AMAZÔNIA. Quando vi esse tema me veio logo a cabeça travamos uma guerra contra o protofascismo de Bolsonaro e seus apoiadores, querem apaziguar essa guerra.
Mas, logo um pouco abaixo pelos palestrantes que são a Conselheira Nacional de Promoção e Igualdade Racial Silvia Nobre Waiãpi e o Procurador Estadual Edson Damas percebi que a pacificação se direciona aos povos originários. Me surgiram assim outras perguntas. Querem pacificar a luta dos povos indígenas contra o garimpo ilegal? Querem pacificar a luta do povo Waimiri-Atroari contra a passagem do linhão de Tucuruí sem aprovação do Plano de Impacto e Recuperação ambiental elaborado pelos indígenas? Querem pacificar a posição contrária ao arrendamento das terras indígenas a grandes proprietários?
O que deseja pacificar esse sincretismo religioso que reúne no Brasil duas estruturas religiosas, com dogmas diferentes, em uma mesma organização. Fiquei pensando como cristãos estão sob a égide da Torá, que não reconhece Jesus, principal apóstolo da palavra do Deus Cristão. Mas, enfim, importa aqui é compreender qual a guerra que o fundamentalismo religioso pretende pacificar em Roraima?
SÉRIE DA UFRJ MOSTRARÁ A CARA E OS CRIMES DA DITADURA
A Comissão da Memória e da Verdade da UFRJ idealizou a série incontáveis dividida em seis partes tematizará a violência da ditadura contra as mulheres, a comunidade LGBTQIA+, a população negra, moradores de favela, povosindígenas, estudantes, educacadores e trabalhadores do campo e da cidade.
Intitulada INCONTÁVEIS a série possibilita uma leitura contestualizada, por meio do audiovisual, dos abusos cometidos em um período recente da história brasileira. A importância destes produtos que podem ser utilizados em salas de aula, consiste em conhecer o que foi a ditadura no Brasil que não teve nada de "branda". Todos os episódios serão narrdos por uma pessoa que viveu o impacto dos atos autoritários, o primeiro episódio, narrado por Dulce Pandolfi, trata do tema sobre Educação na Ditadura (acesse aqui https://youtu.be/MAscJ5ukayE).
Os próximos episódios poderão ser acessados na página do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, as publicações seguirão a seguinte ordem:
16/11 Trbalhadores na ditadura. Narração de Jardel Leal
07/12 População Negra e Moradores de Favela na ditadura. Narração de Dom Filó
14/12 População LGBTQIA+ na ditadura. Narração de Hércules Quintanilha
11/01 Mulheres na Ditadura. Narração de Lúcia Murat
25/01 Povos Indígenas na ditadura. Narração de Douglas Krenak
Bom dia com Alegria
Muito boa, as informações constantes nesta página.